terça-feira, 24 de maio de 2016

Entrelinhas da essência

Sempre pelas beiradas
nos cantos das calçadas 
escondem-se as mazelas 
das vontades mais singelas
Tantas velas assopradas
isso importa? 
Ouve-se um grito
a metros de distancia percebido 
sem que o espúrio egocêntrico tenha ouvido
sequer uma só vibração emocional, 
senão de seus próprios roncos vicerais. 
Boçal!

Potencializar-se-á a singeleza da penumbra
com a supervalorização do ego?
Ora, a extensão do ser que se dispõe 
eleva o ego a se desprender, 
do seu casulo verter, 
ganhando, a singeleza empírica, notoriedade
nas entrelinhas da essência
a despeito de qualquer vaidade
dando sentido à existência

fim